Sustentar e conectar. Será?

Sustentar e conectar. Será?

Nunca se ouviu ou se falou tanto em Sustentabilidade como nos dias atuais, termo usado para definir ações e atividades humanas que visam suprir as necessidades atuais dos seres humanos, sem comprometer o futuro das próximas gerações.

Porém, se pensarmos em sustentabilidade como uma rede de conexões, onde tudo está interligado, onde tudo se comunica e que essas conexões refletirão em resultado, acredito que fica mais fácil de entendermos o  significado desta palavra.

Sustentar para sobreviver. Ouvi isso de uma aluna que produziu um texto junto de seus colegas na semana do meio ambiente. Este mesmo texto continha a seguinte pergunta:

“Você já parou para pensar como seria o mundo se a vida marinha, simplesmente, deixasse de existir? ”

Eu faria outra pergunta: “Você já pensou como seria o mundo se a vida deixasse de existir”? Seres humanos, florestas, animais, pássaros, microrganismos. Todos pertencentes à esta rede de conexão que não entendemos, mas, que ela existe, é real  e possível, porém, depende da minha e da sua iniciativa.

Por que então, o termo Sustentabilidade tem sido pauta de congressos,  encontros e seminários pelo mundo afora?

Talvez para responder a pergunta da pequena Julia e seus colegas, que com 12 anos conseguem perceber que algo não está conectado, que falta interação e coletividade nas ações voltadas ao sustento do meio ambiente. As conexões são produtivas somente quando elas geram ações positivas para o grupo ao qual pertencem.

Pensar globalmente, agir localmente. Sim, é possível pensar na extensão global das ações humanas, mas é necessário estabelecermos conexões voltadas à nossa realidade local. Reduzir os lixos nas praias, o consumo de plástico, incentivar consumo sustentável, a participação em grupos de cuidados à animais marinhos…

Como um grande diagrama que mostra o fluxo de atividades em um único processo, percebemos que uma atividade depende da outra, que estão todas conectadas entre si e que o  produto final se estabelecerá a partir da ação de cada um.

Esta conexão não é para amanhã, nem para ontem, é para o agora! Sem arpões, nem redes, sem queimadas e mortes, sem dor e sofrimento. E assim, talvez, Julia e seus colegas possam vivenciar um mundo onde não precisarão mais fazer perguntas que infelizmente já sabem a resposta, mas, poderão vislumbrar um futuro de cidadãos conectados com o “sustentar”.


*Professora Daria Passos é educadora do Ensino Fundamental 1 e também professora de Educação Ambiental do Colégio COC Novomundo.

admin

Leave a Reply

Ir para a barra de ferramentas