A IGUALDADE NÃO É UNIVERSAL

A IGUALDADE NÃO É UNIVERSAL

Como Ser curioso e investigativo, o indivíduo só se afasta daquilo que para ele não faz sentido, não tem significado.

Durante muito tempo acreditava-se que a igualdade em si bastava para atender o conceito de Universalidade na educação. E só o acesso à educação para todos era suficiente. Ao longo do tempo constatou-se que mais importante que o acesso era a permanência. Para que houvesse a permanência, fazia-se necessário mudar este panorama. Dessa forma, o aluno precisava sentir-se o centro deste processo e não apenas mero receptor.

Aprender é um processo natural; os indivíduos são curiosos desde o nascimento. Exploram o mundo de maneiras diferentes; utilizam-se dos sentidos para validar as descobertas e tornar significativo o novo. São ativos, argumentativos e não se contentam com a passividade.

SE O APRENDER ACONTECE DE JEITOS DIFERENTES, POR QUE AVALIAR IGUAL?

Foi a partir desta inquietação que se iniciou aqui no Colégio COC Novomundo um trabalho que visasse atender aos alunos respeitando sua individualidade.

Se os indivíduos são sinestésicos, auditivos ou visuais é preciso repensar no processo de “ensinagem”para que se atinja a maior parte dos educandos, tornando este momento significativo e prazeroso.

Questionamentos levantados e discutidos

  1. Como instrumentalizar o aluno com ferramentas adequadas durante o processo aprender?
  2. Como inserir práticas colaborativas durante as aulas, valorizando as habilidades individuais?
  3. Que tipo de avaliação deve ser feita para que o educando resgate sua auto-estima e sinta-se protagonista deste processo?
  4. Como aproximar o aluno de temas abstratos, levando-o ao raciocínio lógico e assertivo?

Mediante a todos os fatos comprovados, inseriu-se na vida acadêmica de nossos alunos plataformas como Edmodo (utilizado pelos professores para videoaulas, revisão de conteúdos, realização de exercícios com revisão comentada, plantão de dúvidas entre outros) e o pacote G. Suite for Education(Google para Educação). 

Além do dia-a-dia repensou-se nas avaliações e como adaptá-las, principalmente para os alunos com Dificuldade Escolar e os Transtornos Funcionais (TDAH – Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade, TEA – Transtorno do Espectro Autista e Dislexia).

O que é uma prova adaptada e qual seu benefício?

É preciso entender que uma prova adaptada não é uma prova com menos questões ou mais fácil. Esta deve conter o mesmo número de questões e complexidade das demais. O que a prova adaptada oferece são recursos que visam manter o cérebro deste aluno em atenção permanente, como: palavras iluminadas, espaçamentos maiores entre as linhas, imagens, alternância de questões, resgate de memória, vocabulário,  fonte em tamanho 14 em Arial ou Comic Sans, colorida, textos objetivos e com os personagens sempre em negrito, parágrafos evidenciados  e nunca utilizar frente e verso da folha.

O objetivo da prova adaptada é que o aluno consiga realizá-la sem necessitar da interferência constante do professor, precisar de mais tempo ou sair da sala para concluí-la. O benefício comprovado da prova adaptada é o resgate positivo da auto-imagem do aluno, fazendo com que este volte a acreditar em seu potencial e sentir-se parte deste processo, fazendo sentido essa experiência de aprender.

NOSSA VISÃO

Não existem pessoas que não queiram aprender. O que existe são dificuldades algumas vezes não evidentes, habilidades diferentes e competências distintas que levam o educando a obter sucesso em algumas áreas do conhecimento e em outras não. Se o educador conhece o seu aluno e percebe quais são suas habilidades e/ou fragilidades, ele pode oferecer estratégias adequadas para que obtenha sucesso acadêmico nas diferentes áreas de ensino.

Aprender é um processo natural do indivíduo.


*Profª Val Martiliano é Especialista em Neuroeducação e Coordenadora do Colégio COC Novomundo.

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